domingo, 28 de agosto de 2011

DEM decide lançar candidato em SP e complica PSDB

  José Cruz/ABrEterno parceiro eleitoral do PSDB, o DEM decidiu desenvolver um projeto próprio na disputa pela prefeitura de São Paulo, em 2012.
“Nosso candidato será o Rodrigo Garcia”, disse ao repórter o presidente do DEM federal, senador José Agripino Maia (RN).
Deputado licenciado, Rodrigo é, hoje, secretário de Desenvolvimento Social do governo tucano de Geraldo Alckmin.
É a secretaria dele que vai implementar a integração do Bolsa Família federal com a Renda Cidadania estadual.
A junção dos dois programas é parte do pacto “Brasil Sem Miséria”, firmado por Dilma com os governadores do Sudeste, entre eles Alckmin.
Agripino disse ao blog que o DEM só abdicaria da candidatura de Rodrigo Garcia se o candidato do PSDB fosse José Serra, hipótese na qual já não acredita.
“Com o Serra, nossa aliança seria automática”, afirmou o senador. Sem ele, o DEM imagina que o secretário Rodrigo reúne chances análogas à dos pretendentes do PSDB.
São três os tucanos que disputam a vaga de candidato, todos secretários de Alckmin: Andrea Matarazzo (Cultura), Bruno Covas (Meio Ambiente) e José Aibal (Energia).
Serra tentou levar ao tabuleiro o nome do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP). Mas ele refugou: “Estou bem como senador”, disse.
Confirmando-se o plano do DEM de trafegar em via própria, complica-se a vida do tucanato. Sem o parceiro, o PSDB disporá de menos tempo de televisão.
O petismo, principal antagonista dos tucanos em São Paulo, vive um drama semelhante.
A despeito dos esforços de Lula, parceiros tradicionais do PT também anunciam a intenção de levar nomes próprios às urnas eletrônicas de 2012.
O PMDB diz que irá de Gabriel Chalita. O PCdoB confirmou neste sábado (27) a candidatura de Netinho de Paula. O PR negocia com ambos, dando de ombros para o PT.
Mantido esse cenário, alianças que PSDB e PT davam como favas contadas para o primeiro turno serão adiadas para um eventual segundo round.

 
Escrito por Josias de Souza às 04h22

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Sou pré-candidatíssima à Prefeitura de SP, diz Marta a Lula

Senadora petista diz a ex-presidente que tem mais condições de vencer eleições de 2012. Ela avalia que seu adversário será Serra

Ricardo Galhardo, iG São Paulo | 22/08/2011 20:43

Foto: Futura Press Ampliar
A senadora petista Marta Suplicy
A senadora Marta Suplicy (PT-SP) ouviu nesta segunda-feira do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva que seria melhor para o PT ter uma “cara nova” na disputa pela Prefeitura de São Paulo.
Lula disse também que é mais importante Marta continuar defendendo o governo de Dilma Rousseff no Senado do que disputar a prefeitura. A senadora, no entanto, ignorou os argumentos do ex-presidente e disse, com ênfase: “Sou pré-candidatíssima”.
Marta refutou a onda de boatos do último final de semana de que sua ausência em duas caravanas do PT seria sinal de que ela abandonou a disputa. “Nunca imaginei desistir. Vou continuar indo aos debates (caravanas). Não é para fazer esse escarcéu. Levei o maior susto quando interpretaram que não fui porque estava desistindo”.
Na conversa, a senadora disse considerar importante a opinião, mas se manteve firme: “Ele falou que acha que tem que ter uma cara nova. Eu disse que acho importante ouvir a opinião dele, mas acho que a pessoa com mais condições de disputar sou eu”. Questionada sobre quais fatores lhe dariam mais chance de vitória, Marta, que perdeu as duas últimas eleições para a prefeitura, respondeu que, na sua avaliação, o candidato do PSDB será o ex-governador José Serra. “Eu tenho mais condições de ganhar do Serra”, afirmou Marta.
Mais cedo, Lula havia dito a outros pré-candidatos que Serra não deve ser o candidato do PSDB. Questionada sobre a avaliação de Lula, Marta respondeu: “Eu disse ao presidente que ele está errado”.

Embora tenha sido enfática ao dizer que mantém a candidatura, a senadora demonstrou não ser totalmente refratária à escolha de um nome novo para representar o PT na disputa municipal. “Acho que a idéia de uma cara nova pode ser até boa”. Marta não cedeu aos apelos de Lula para continuar na defesa de Dilma no Senado. “Ele disse que o mais importante é o Senado e que, na última eleição, perdeu governadores para eleger senadores. E eu respondi dizendo que tenho paixão pela Prefeitura de São Paulo”.
Tanto Lula quanto Dilma defendem que o candidato do PT seja o ministro da Educação, Fernando Haddad. Na semana passada, Dilma também disse a interlocutores ser fundamental a presença de Marta na defesa do governo no Senado.