sexta-feira, 30 de março de 2012


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domingo, 25 de março de 2012


José Serra vence prévias e é pré-candidato do PSDB em São Paulo




domingo, 25 de março de 2012 18:19 BRT
Por Eduardo Simões
SÃO PAULO, 25 Mar (Reuters) - O ex-governador de São Paulo José Serra venceu a prévia realizada pelo PSDB neste domingo e é o pré-candidato do partido à Prefeitura paulistana na eleição de outubro deste ano.
Serra, candidato a presidente derrotado em 2002 e 2010 e que já governou a cidade, ficou com 52,1 dos votos e derrotou o secretário de Energia do Estado, José Aníbal (31,2 por cento), e o deputado federal Ricardo Tripoli (16,7 por cento).
As prévias haviam sido marcadas para 4 de março, mas a entrada de Serra na disputa, poucos dias antes, fez com que o partido optasse pelo adiamento. Logo após o anúncio do ex-governador de que seria pré-candidato, dois dos quatro postulantes, os secretários estaduais Bruno Covas (Meio Ambiente) e Andrea Matarazzo (Cultura) desistiram de participar das prévias para apoiar Serra.
A desistência foi patrocinada pelo atual governador, Geraldo Alckmin, principal artífice da entrada de Serra, que até fevereiro dizia não ter interesse na candidatura tucana à Prefeitura, na disputa. Apesar de ser favorável às prévias por considerá-las saudáveis para o PSDB, Alckmin atuou para acalmar os demais candidatos e parte da militância contrária ao nome do ex-governador.
Prefeito de São Paulo eleito em 2004, cargo ao qual renunciou em 2006 para disputar e vencer a eleição para governador, Serra é visto como um dos possíveis nomes do PSDB para a eleição presidencial de 2014, junto com o senador por Minas Gerais, Aécio Neves, apontado como postulante tucano mais provável.
Nas últimas semanas, Serra tem sido obrigado a responder a críticas de adversários, principalmente do pré-candidato do PT, Fernando Haddad, sobre sua decisão de renunciar à Prefeitura em 2006, após assumir o compromisso de não deixar o posto para disputar outro cargo na eleição daquele ano.
Apesar da pré-candidatura ao comando da maior cidade do país, Serra tem tratado publicamente de temas nacionais, especialmente em artigos publicados em grandes jornais nos quais faz críticas à administração da presidente Dilma Rousseff. Sua entrada na disputa, portanto, dá à eleição municipal em São Paulo um caráter nacional.
Segundo pesquisa do instituto Datafolha, divulgada no início do mês e após o anúncio de Serra de que entraria na disputa para ser o candidato tucano à prefeitura, o ex-governador lidera em todos os cenários em que aparece.   Continuação...
 

terça-feira, 20 de março de 2012


Para Serra, assinatura de Serra equivale a ‘nada’ (Josias de Souza


Como na sina de Prometeu, José Serra está acorrentado a um suplício. Assumido em 2004 e desonrado em 2006, o compromisso de permanecer na prefeitura até o fim do mandato bica-lhe o fígado com a renitência de uma águia de mitologia grega.
Serra assinara o fatídico documento durante sabatina organizada pela Folha em 14 de setembro de 2004. Dali a dois anos, em 2006, deu o assinado por não rubricado e foi à sorte dos votos na campanha para governador.
Devolvido pelas circunstâncias às querelas municipais, Serra apresenta-se novamente como candidato a prefeito. Numa entrevista radiofônica, foi reinquirido sobre o rompimento do compromisso. Sua emenda piorou o soneto:
“Eu não assinei nada em cartório. Isso é folclore. Houve um debate, uma entrevista. O pessoal perguntou: ‘Se o senhor for eleito prefeito vai sair para se candidatar à Presidência?’ Eu disse que não. ‘Então assina aqui.’ Eu assinei um papelzinho. Não era nada…”
Serra não ignorava que o “papelzinho” viraria munição contra ele. No alvorecer da campanha atual, apressou-se em dizer que o sonho do Planalto “está adormecido”. Assegurou que se concentra agora na prefeitura. Jura que, eleito, governará a cidade até 2016.
Um observador incauto perguntaria: ora, se a assinatura de Serra tem perna curta, como levar ao pé da letra um lero-lero que não dispõe nem do anteparo de um “papelzinho.”